quinta-feira, 2 de maio de 2013

TRE ouve PR e deputado Kelps Lima em processo de desligamento.

 

A Justiça Eleitoral promoveu na manhã desta terça-feira (30) audiência para ouvir o deputado estadual Kelps Lima e a o Diretório Regional do Partido da República. A audiência, conduzida pela juíza titular da 3a. zona eleitoral de Natal, teve como objetivo instruir processo em que o parlamentar solicita, por justa causa, o desligamento da legenda sem incorrer nas penalidades prevista para casos de infidelidade partidária.
A audiência demorou cerca de duas horas. O deputado Kelps Lima apresentou duas testemunhas. O PR, no entanto, se fez representar por um advogado, não apresentando qualquer testemunha.
"O PR não apresentou testemunhas nem enviou qualquer dos seus dirigentes. Uma prova de que não está levando muito a sério este processo", comentou o deputado.
Kelps alega ter sido defenestrado, sem comunicação prévia, da presidência da comissão provisória do PR de Natal. Depois disso, segundo afirma, foi totalmente excluído do processo decisório do partido que tem como presidente regional o deputado federal João Maia.
O resultado da audiência será encaminhado ao juiz Carlos Virgílio Fernandes, relator do processo e que levará o caso ao plenário do Tribunal Regional Eleitoral. A expectativa é que o caso leve mais cerca de 30 dias para ser julgado pelo TRE-RN.
Transferências
O resultado do julgamento do processo de Kelps Lima é acompanhado de perto por outros parlamentares estaduais. O deputado estadual Vivaldo Costa aguarda a definição do processo para também solicitar à Justiça Eleitoral o desligamento sem perda de mandato.
Embora não admitam publicamente, os parlamentares, desde que liberados pela Justiça Eleitoral, poderão se transferir para o Partido Progressista, acompanhando a opção do também deputado Ricardo Motta.
O atual presidente da Assembleia Legislativa ficou insatisfeito com a fusão do PMN, pelo qual foi eleito, com o PPS. A opção de Motta também será seguida pelo deputado Raimundo Fernandes. "Estamos sem partido" resumiu Fernandes ao falar sobre o fim do PMN e a possibilidade de se transferir para outra legenda.
O diretório do PP no Rio Grande do Norte passou a ter como presidente o vereador Rafael Motta, filho de Ricardo Motta. Com a fusão do PMN com o PPS, que formou a Mobilização Democrática, a transferência de Ricardo Motta para o PP passou a ser uma questão de tempo e de trâmites burocráticos.
Na quinta-feira, a criação da MD foi registrada em cartório e será agora comunicada oficialmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com o registro do novo partido no TSE, abre uma janela para o ingresso de parlamentares oriundos de outras legendas.
A legislação vigente estabelece que em caso de transferência para uma nova agremiação partidária, parlamentares com mandato não podem ser acusados de infidelidade partidária. A mesma janela se abre para os políticos oriundos de partidos que se fundiram e que estão insatisfeitos com a fusão.

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