quinta-feira, 17 de maio de 2012

RN é impedido de transportar gado para Pernambuco.

O Rio Grande do Norte e a Paraíba são os únicos estados do Nordeste que ainda não conseguiram elevar seu status sanitário com relação a febre aftosa. Por esse motivo, uma portaria publicada pelo Ministério da Agricultura passou a impedir, desde a última terça-feira (15), a entrada de bovinos, ovinos e caprinos em diversos estados da região, inclusive com Pernambuco.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Betinho Rosado, o RN permanece no status de médio risco mesmo com a vacinação, quando a intenção é chegar ainda esse ano ao status livre de febre aftosa.

“A procura pela vacinação é consideravelmente boa e elevada, sempre ultrapassando os 90%. O que acontece é que essa portaria criou barreiras cito-sanitárias entre todos os estados nordestinos e parte do Pará para que o trânsito do gado de um estado para o outro não seja feita de forma irregular, pois pode haver contaminação nos outros estados que também lutam para sair da situação de médio risco.

Todo o Nordeste está no mesmo patamar”, explica Betinho Rosado. Com intuito de fiscalizar a entrada de animais, o governo de Pernambuco estabeleceu onze barreiras sanitárias fixas nos limites entre os Estados, além de outros 18 postos móveis. Segundo informações divulgadas numa reportagem concedida à Folha de Pernambuco, se os animais irregulares forem pegos na fronteira, serão devolvidos à origem; enquanto os apreendidos dentro do território pernambucano terão de ser sacrificados.

As medidas de segurança sanitária visam tirar Pernambuco da classificação de "médio risco", passando para "livre da febre aftosa com vacinação". Em 2012, o Governo de Pernambuco conseguiu autorização do Ministério da Agricultura para realizar a última etapa do processo, que é a coleta do sangue dos animais para exame que constate a ausência da doença. No Rio Grande do Norte, o secretário de agricultura alega que o atraso no processo de apuração da doença é maior do que em outros estados. “Por conta desse atraso, RN e PB estão sendo penalizados adicionalmente. Isso passa pela necessidade de uma quarentena para que os animais daqui possam transitar entre estados nordestinos. Estamos nos preparando que em julho nós possamos convidar do Mapa para fazer uma auditoria no nosso gado”, afirma.

Para a mudança de status, o RN precisa ser avaliado em 27 itens, entre eles o percentual de cobertura da vacinação, existência de um cadastro atualizado das inspeções (para mostrar que existe uma capacidade de acompanhamento de todo o rebanho do estado) e a capacidade de responder prontamente a possíveis surtos.



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