NEM SÓ DE FORRÓ VIVE CARUARÚ NO SÃO JOÃO.

O local onde milhares de pessoas se reúnem para assistir a shows de forró todas as noites de junho em Caruaru (PE) funciona como centro cultural durante o dia. É lá que ficam dois dos principais museus da cidade, o do Barro e o do Forró, celebrando a história e a tradição do Agreste pernambucano.

Bacamarteiros comemoram São João com barulho em Caruaru Sem ressaca, Caruaru vive clima de carnaval no dia de São João.


O Museu do Forró é uma homenagem especialmente a Luiz Gonzaga, rei do baião e um dos maiores divulgadores da música nordestina. Formado especialmente por doações de familiares e fãs do músico, o local traz desde objetos pessoais, como óculos e roupas, a discos e imagens. Ali há até mesmo documentos pessoais como CPF, título de eleitor, declaração de imposto de renda de Gonzaga.

Em uma das áreas mais belas do museu, há cartas e bilhetes amorosos originais escritos pelo sanfoneiro.

Além de Luiz Gonzaga, o museu do forró também homenageia cantores regionais do estilo musical e tem uma ala dedicada a Elba Ramalho, mostrando roupas, discos e até fotos do ensaio dela para a revista “Playboy”.

Barro
O mesmo prédio em que funciona o Museu do Forró tem, no primeiro andar, uma mostra dedicada ao artesanato em barro, tão popular na cidade. Nesta parte do centro cultural, há uma sala inteira com obras originais do Mestre Vitalino, maior referência deste tipo de trabalho que foi chamado de “arte” pela presidente Dilma Roussef. A presidente visitou a cidade na quarta-feira (22), e prestou homenagem a Vitalino.

O Museu do Barro tem ainda áreas dedicadas a exposições temporárias, a artistas popularidades da atualidade no Alto do Moura, bairro que concentra esta atividade em Caruaru, uma pinacoteca e uma área do colecionador Abelardo Rodrigues.

Mais de 50 pessoas passaram pelo museu somente durante o período de uma hora durante a tarde dessa sexta-feira (24), quando o G1 esteve no local. Segundo Regina Lúcia, que é coordenadora dos 7 museus que funcionam atualmente em Caruaru, o São João é a época em que o museu é mais popular, funcionando como atração diurna, mas o local é visitado o ano inteiro. “Temos um importante centro de pesquisa, que é referência para estudiosos, e recebemos estudantes e turistas o tempo todo”, disse ao G1.