terça-feira, 5 de abril de 2011

Especialistas estudam mananciais subterrâneos.


Segundo dados do IBGE, cerca de 55% dos municípios brasileiros já utilizam, para pelo menos parte do abastecimento público, água subterrânea. Ribeirão Preto (SP), Maceió (AL), Natal (RN) e Manaus (AM) são exemplos. É um recurso estratégico não apenas para atender a população com água de boa qualidade, como para abastecer a indústria, a agricultura (irrigação) e o lazer.


A ONU já alertou: em 2025, cerca de 2,7 bilhões de pessoas, em todo o mundo, enfrentarão a falta d’água se as populações continuarem a tratá-la como um bem inesgotável. Por isso, o mundo todo está de olho em países como o Brasil, que detêm grandes reservas de água doce.

Não é à toa que o Ministério do Meio Ambiente e a ANA mergulham fundo nos estudos do potencial hídrico dos aqüíferos brasileiros.


O Tratado de Cooperação Amazônica, assinado em 1978 pela Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, República da Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, prevê ações para proteção ambiental e gestão sustentável dos recursos hídricos subterrâneos na Região Amazônica.


Como parte do Tratado, e do Plano Nacional de Recursos Hídricos, do Ministério do Meio Ambiente, a ANA – Agência Nacional de Águas lançou em 2010 um edital para estudar os aquíferos da Amazônia.

O edital demonstra que a ANA já se preocupa com a demanda crescente de água subterrânea, principalmente na Região Amazônica, onde está a maior e mais complexa rede hidrográfica do mundo (7,3 milhões de km2).


Nosso Planeta Azul tem 70% da sua superfície coberta por água, mas apenas 2,5% é doce. Da água doce existente, 68,9% formam as calotas polares e geleiras; 0,9% estão na umidade do solo e pântanos; 0,3% nos rios e lagos; e os 29,9% restantes são águas subterrâneas.


Extrair volume maior do que o reposto pela natureza pode prejudicar o abastecimento de rios, provocando seca nas nascentes. Sem contar os problemas decorrentes da contaminação das águas pelos homens, como a construção de fossas, esgotos domésticos e industriais, vazamentos em postos de gasolina e outros. Muitos fatores ameaçam a fartura de água doce, e estudá-la torna-se imprescindível para que não falte no futuro.

Maior do mundo Pesquisadores da Universidade Federal do Pará apresentaram, ano passado, um estudo preliminar sobre o aquífero Alter do Chão, localizado sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá, com volume estimado de 86 mil km3 de água doce, que seria o maior reservatório subterrâneo de água potável do mundo.

Em comparação com o aquífero Guarani, que também passa pela Argentina, Paraguai e Uruguai,com volume de 45 mil km3, considerado, até agora o maior do País, a reserva de Alter do Chão teria quase o dobro de água. Esse tipo de reserva, segundo o estudo, segue a proporção de tamanho da Bacia Hidrográfica que fica acima dela, no caso, a do Amazonas/Solimões..

NOTA DO BLOG: Diante de todos esses dados que o governo federal tem em mãos, ainda pensa em fazer um projeto de irrigação na chapada do Apodi, prejudicando ainda mais o nosso leçol freático que é um dos maiores e melhores do nordeste, dá pra enteder esse tipo de coisa.

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