quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BAIXO NÍVEL DE RIOS PREJUDICA AGRICULTORES NO AMAZONAS

Dez municípios decretaram situação de emergência no estado.
Recenseadores do IBGE também tiveram de mudar rotina.
A seca prejudica agricultores no Amazonas. O baixo nível dos rios dificulta o escoamento da produção e aumenta o preço do frete. No estado, dez municípios decretaram situação de emergência. Mais de 3 mil famílias foram afetadas.
As praias que se formam devido à seca impedem a passagem dos barcos maiores, deixando as comunidades rurais praticamente isoladas. A única maneira de se chegar até elas é usando canoas.
Em Manicoré, cerca de 300 mil frutas correm o risco de estragar em cerca de 20 comunidades, as maiores produtoras do município. Com a estiagem, os custos para levar o produto até a cidade aumentaram e inviabilizam a produção. “Por menos de R$ 30, ele [carregador] não vai carregar. E a melancia sai, o cento, a R$ 50. O que a gente vai ganhar? A gente deixa lá”, afirma o agricultor Antônio Lopes dos Santos.
Censo
A estiagem também dificulta o trabalho dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que dependem dos rios para chegar às comunidades mais afastadas. Em Manaquiri, a contagem da população na zona rural foi antecipada, mas o acesso aos moradores agora está mais difícil: é preciso fazer longas caminhadas para chegar às casas que ficavam na margem do rio.
“Tem que andar muito para chegar lá, enfrentar lama, enfrentar o sol, que é muito forte. É também uma das coisas que dificulta nossa chegada”, disse a recenseadora Jucilene da Silva Pereira.
A preocupação é que a estiagem se prolongue e afete também outras regiões. Em Manaus, o nível do Rio Negro baixa cerca de 22 centimetros por dia.

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