terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Prejuízos devido à seca chegam a R$ 5 bilhões no RN.

Secretário estadual de Recursos Hídricos, Gilberto Jales, falou sobre os projetos estruturantes (Foto: Caroline Holder/G1)


A seca que assola o Nordeste brasileiro já provocou prejuízos da ordem de R$ 5 bilhões no Rio Grande do Norte. O dado foi apresentado pela governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, na tarde desta segunda-feira (4). Segundo ela, 25% do rebanho do estado foram perdidos.
Além dos prejuízos, Rosalba apresentou as ações realizadas em prol da população que sofre com os efeitos da estiagem. Segundo ela, dos 167 municípios do RN, 142 estão em situação de emergência. O arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira, participou da reunião e cobrou mais subsídios para o homem do campo.
"O agricultor precisa de ajuda quando não tiver o que colher. E o pecuarista necessita de ração, não pode deixar o gado morrer de fome. Isso é muito triste. É preciso criar mais subsídios", defendeu Dom Jaime.
Indagada sobre o prejuízo de R$ 5 bilhões em virtude da seca, Rosalba Ciarlini desabafou:"Tem sido muito difícil. Nós tivemos frustração da safra e a pecuária também sentiu muito. Não temos pastos, Está tudo seco. Estamos com 12 cidades do estado sendo abastecidas por carro-pipa na área urbana. Um colapso geral. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) já sinalizou que em algumas cidades só choveu pouco assim em 1912, há 100 anos".
Para a criação e manutenção de obras estruturantes, como adutoras, cisternas e poços, o governo está investindo R$ 580 milhões. Outros R$ 90 milhões foram usados em ações emergenciais. "Estamos com ações de apoio, como a bolsa estiagem, seguro Safra e a entrega do tanque do milho, ração para os animais dos pequenos agricultores", citou a governadora.
Contudo, Rosalba destacou que as obras estruturantes são as mais importantes."Essas obras vão permitir que o potiguar consiga conviver bem como os recursos hídricos, mesmo em época de seca", enfatizou. Ainda segundo a governadora, o Governo Federal garantiu o envio de R$ 170 milhões e outros R$ 167 milhões estão à espera de autorização. Os recursos são provenientes do PAC do Semiárido.

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