terça-feira, 29 de maio de 2012

Professores de federais em greve protestam em São Paulo e Brasília

Docentes de instituições de ensino superior federais que estão em greve realizaram duas manifestações nesta segunda-feira. Em Brasília, cerca de 300 pessoas entre professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) protestaram em frente ao Ministério do Planejamento, onde representantes do sindicato e do governo iriam realizar a primeira negociação desde o início da greve, declarada no último dia 17 de maio.

No entanto, a reunião foi adiada. A Andes, sindicato da categoria informou que recebeu um ofício dos ministérios da Educação e Planejamento informando que uma nova data seria marcada "em breve". A assessoria do MEC informou que a reunião foi adiada para que os procedimentos da negociação sejam reavaliados pelo governo e que ainda não nova data marcada.

Na capital paulista, alunos e professores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) se reuniram no vão do MASP e seguiram em passeata pela Avenida Paulista, em um “ato pela valorização da educação pública”. De acordo com os organizadores, 600 pessoas participaram do evento, mas a Polícia Militar contou 100 participantes. A manifestação não atrapalhou o trânsito, segundo a CET.

Professores de todos os campus da Unifesp estão em greve – Diadema, Baixada Santista, São Paulo, Osasco, São José dos Campos e Guarulhos. Virginia Junqueira, presidenta da Associação dos Docentes da Unifesp (Adunifesp), afirma que a greve afeta somente as aulas. “Não cogitamos parar o hospital (Hospital São Paulo), o ambulatório e o pronto-socorro neste momento. O hospital continua funcionando”, disse ela.

Os estudantes do campus Guarulhos estão em greve há quase dois meses, reivindicando melhores condições de educação e políticas de acesso e permanência. Os alunos dos demais campus realizam assembléias nos próximos dias e também podem aderir à mobilização.

Por meio de nota, o Ministério da Educação disse que a greve dos docentes da Unifesp foi precipitada e informou que as negociações em torno do plano de carreira da categoria estão sendo discutidas com o Ministério do Planejamento. Amanhã (29), os professores da Unifesp fazem nova assembléia, no campus São Paulo, para avaliar a greve.

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