Na contramão dessa crise, lideranças do distrito de Soledade, a seis quilômetros de Apodi, voltam a se mobilizar pela emancipação da localidade. Eles se preparam para se unir a emancipalistas de todo Brasil em mais uma grande manifestação na capital federal, marcada para o dia 10 de abril. Há pelo menos cinco anos eles lutam para desmembrar a localidade que, agregada a outros sítios, tem pouco mais de sete mil habitantes.
Como eles, representantes de pelo menos 800 distritos de todo o Brasil vêm pressionando para que seja revogada a emenda 15/96 que impede novas emancipações. O movimento defende a criação das novas cidades como forma de dividir os recursos públicos sendo aplicáveis para as localidades com características já consolidadas para serem novos entes federativos, o que, para eles, representaria mais desenvolvimento para o país.
No processo legislativo, o movimento prepara o encontro em Brasília para pressionar a pauta da minuta do projeto apresentado pelo Governo Federal. O projeto do governo prevê o estudo de viabilidade econômica para atestar as condições de vida própria para evitar cidades que sobrevivam tão somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Outro critério imposto no projeto é a apreciação popular (plebiscito) agora não apenas na área emancipada, mas em toda a cidade mãe. O movimento espera que este seja protocolado em uma das casas legislativas e que inicialmente venha a ser a Câmara Federal e em seguida no Senado.
O Estado do Ceará é um dos que mais lutam pela emancipação de novos municípios. São mais de 40 pedidos, enquanto no Rio Grande do Norte três localidades que lutam pela separação: Soledade (Apodi), São Geraldo (Caraúbas) e Maísa (Mossoró).
Em Soledade, o mobilizador do movimento separatista, Vandilson Targino, diz que a intenção é viável porque a região tem muito potencial não explorado. Ele lembra que em Soledade está localizado o segundo mais importante sítio arqueológico do país e que isso não vem sendo explorado como se deveria.
Vandilson lembra ainda que o município é um dos maiores produtores da cal no Estado e que possui uma bacia calcária tão importante quanto a de Baraúna.
O líder comunitário reclama da falta de vontade política das administrações de Apodi para melhorar a vida da comunidade. "Fora a Petrobras, ninguém se interessou em potencializar a localidade que virou distrito há mais de 20 anos", disse.
O grupo tenta viabilizar junto à Assembleia Legislativa a formação de uma comissão emancipalista para lutar pelo projeto junto às outras equipes do Brasil.
Entidades discutem projeto de desenvolvimento no NE
As perspectivas de desenvolvimento da Região Nordeste nos próximos dez anos foi tema de encontro realizado na sexta-feira 23, em Recife (PE). O evento, realizado pelo Banco do Nordeste, teve como objetivo traçar um perfil do Nordeste, com foco nas principais mudanças ocorridas e nas possibilidades de um desenvolvimento mais acelerado, a partir das novas tendências esperadas para o país nos próximos dez anos e seus prováveis impactos para a região.
Na oportunidade, estiveram presentes representantes da academia, institutos de pesquisa, empresários, economistas e instituições parcerias do desenvolvimento regional, como BNDES, Ipea, Etene, Sudene, ABDE, Confederação da Indústria e Confederação da Agricultura.
Durante a oficina, foram sinalizadas as principais questões a serem aprofundadas no estudo "Nordeste 2022 - Perspectivas de Desenvolvimento", que está sendo desenvolvido pelo Banco do Nordeste, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Segundo o diretor do BNB, Sydrião de Alencar, os resultados desse estudo contribuirão para a formulação de políticas e programas direcionados ao desenvolvimento da Região Nordeste e para o planejamento estratégico do BNB.
A apresentação inicial do evento foi feita pela socióloga Tânia Bacelar, que falou sobre o Nordeste na primeira década do século XXI. Em seguida, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, e o diretor do Ipea, Aristides Monteiro, discutiram sobre as mudanças estruturais mais relevantes e principais tendências observadas na região.
Como eles, representantes de pelo menos 800 distritos de todo o Brasil vêm pressionando para que seja revogada a emenda 15/96 que impede novas emancipações. O movimento defende a criação das novas cidades como forma de dividir os recursos públicos sendo aplicáveis para as localidades com características já consolidadas para serem novos entes federativos, o que, para eles, representaria mais desenvolvimento para o país.
No processo legislativo, o movimento prepara o encontro em Brasília para pressionar a pauta da minuta do projeto apresentado pelo Governo Federal. O projeto do governo prevê o estudo de viabilidade econômica para atestar as condições de vida própria para evitar cidades que sobrevivam tão somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Outro critério imposto no projeto é a apreciação popular (plebiscito) agora não apenas na área emancipada, mas em toda a cidade mãe. O movimento espera que este seja protocolado em uma das casas legislativas e que inicialmente venha a ser a Câmara Federal e em seguida no Senado.
O Estado do Ceará é um dos que mais lutam pela emancipação de novos municípios. São mais de 40 pedidos, enquanto no Rio Grande do Norte três localidades que lutam pela separação: Soledade (Apodi), São Geraldo (Caraúbas) e Maísa (Mossoró).
Em Soledade, o mobilizador do movimento separatista, Vandilson Targino, diz que a intenção é viável porque a região tem muito potencial não explorado. Ele lembra que em Soledade está localizado o segundo mais importante sítio arqueológico do país e que isso não vem sendo explorado como se deveria.
Vandilson lembra ainda que o município é um dos maiores produtores da cal no Estado e que possui uma bacia calcária tão importante quanto a de Baraúna.
O líder comunitário reclama da falta de vontade política das administrações de Apodi para melhorar a vida da comunidade. "Fora a Petrobras, ninguém se interessou em potencializar a localidade que virou distrito há mais de 20 anos", disse.
O grupo tenta viabilizar junto à Assembleia Legislativa a formação de uma comissão emancipalista para lutar pelo projeto junto às outras equipes do Brasil.
Entidades discutem projeto de desenvolvimento no NE
As perspectivas de desenvolvimento da Região Nordeste nos próximos dez anos foi tema de encontro realizado na sexta-feira 23, em Recife (PE). O evento, realizado pelo Banco do Nordeste, teve como objetivo traçar um perfil do Nordeste, com foco nas principais mudanças ocorridas e nas possibilidades de um desenvolvimento mais acelerado, a partir das novas tendências esperadas para o país nos próximos dez anos e seus prováveis impactos para a região.
Na oportunidade, estiveram presentes representantes da academia, institutos de pesquisa, empresários, economistas e instituições parcerias do desenvolvimento regional, como BNDES, Ipea, Etene, Sudene, ABDE, Confederação da Indústria e Confederação da Agricultura.
Durante a oficina, foram sinalizadas as principais questões a serem aprofundadas no estudo "Nordeste 2022 - Perspectivas de Desenvolvimento", que está sendo desenvolvido pelo Banco do Nordeste, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Segundo o diretor do BNB, Sydrião de Alencar, os resultados desse estudo contribuirão para a formulação de políticas e programas direcionados ao desenvolvimento da Região Nordeste e para o planejamento estratégico do BNB.
A apresentação inicial do evento foi feita pela socióloga Tânia Bacelar, que falou sobre o Nordeste na primeira década do século XXI. Em seguida, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli, e o diretor do Ipea, Aristides Monteiro, discutiram sobre as mudanças estruturais mais relevantes e principais tendências observadas na região.
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