sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ELIAS FERNANDES NÃO É MAIS DIRETOR DO DNOCS.

"Após reunião de trabalho com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o senhor Elias Fernandes, pediu, na manhã desta quinta-feira (ontem), exoneração da Diretoria Geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), em função da reestruturação dos quadros das empresas vinculadas à pasta. O secretário Nacional de Irrigação, Ramon Rodrigues, assume interinamente o cargo", diz a nota.

Ontem, antes de ser exonerado, Elias Fernandes assinou a portaria, que será publicada no Diário Oficial da União de hoje, que designa três servidores para comporem uma comissão de sindicância para apurar irregularidades denunciadas à Procuradoria da República em relação à coordenadoria estadual do Dnocs no Ceará.

O ex-deputado potiguar deixou o Dnocs depois de um ano na direção-geral do órgão. A crise foi motivada por uma série de reportagens veiculadas inicialmente pelo jornal O Globo, que destacou o relatório produzido pela Controladoria Geral da União (CGU), apontando suposto favorecimento ao Rio Grande do Norte nos convênios para ações contra desastres naturais. De 47 projetos, o Estado teria recebido 37.

Esses convênios somaram, no total, R$ 34,2 milhões, sendo que R$ 14,7 milhões ficaram com as 37 prefeituras potiguares. O relatório da Controladoria Geral da União apontou que muitos convênios trazem diversas irregularidades, como pagamento a empresas com ligações políticas, sócios de baixa escolaridade e até empresas "de fachada".

Um dos convênios suspeitos de irregularidade foi firmado pelo Dnocs com a Prefeitura Municipal de Alto do Rodrigues. Para realocação de 40 casas no bairro São Francisco, naquele município, não há qualquer registro de boletins de medição da obra. Esse tipo de boletim é necessário para aferir as etapas da construção e pagar de acordo com o andamento.

Nos dias que antecederam o pedido de exoneração, Elias Fernandes negou reiteradamente que tivesse cometido ilegalidades. Ele afirmou que a distribuição dos recursos para combate e prevenção de desastres naturais seguiram critérios técnicos e não houve favorecimentos.
fonte: tribuna do norte.

Um comentário:

Anônimo disse...

que sorte teve o projeto de irrigação do apodi.