quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FIM DA GREVE

Após 111 dias de paralisação chega ao fim a greve dos professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. A decisão foi tomada em assembleia da categoria na manhã do dia (14), na cidade de Mossoró.

De acordo com o presidente da Associação dos Servidores da UERN (Aduern), professor Flaubert Torquato, a categoria considerou que não havia mais condições de negociar com o governo. "Ainda tivemos que lidar com o pedido de ilegalidade, impetrado pela Procuradoria Geral do Estado, sem falar no risco de perda do semestre letivo", explica.

O professor garante que a decisão não partiu de uma proposta do Governo, mas, mesmo assim, a associação acredita que alguns dos pontos da pauta do movimento grevista conseguiram resultado positivo. "A gente compreende que o já foi proposto pelo Governo está garantido, isso nos foi dito pelo próprio reitor da UERN e pelo procurador Miguel Josino, que negociavam o tempo todo com a assessoria jurídica do sindicato", conta Flaubert.

A reposição salarial conquistada é de 27,7%, quase 4% maior do que solicitado no início do movimento. O aumento será feito de forma escalonada em três anos. "Os pagamentos serão feitos 10,65% em 2012, 7,43% em 2013 e os 7,43% restantes em 2014, representando um total de R$ 34 milhões ao longo desses três anos", disse o secretário de Estado da Administração e dos Recursos Humanos, Anselmo Carvalho.

De acordo com o presidente da Aduern, o reitor da Universidade garantiu que Governo vai iniciar o descontingenciamento da verba da UERN, os primeiros repasses devem ainda ser acrescidos de R$ 1 milhão para custeios e R$ 2 milhões para investimentos.

Com o fim da paralisação, a pró-reitoria da UERN trabalha agora na elaboração de um novo calendário acadêmico. A greve atingiu 34 dias letivos do primeiro semestre de 2011, que deverá agora ser concluído até o fim do mês de Outubro.

O segundo semestre deve começar no início de Novembro com o término para o mês de Março. "Diferente do que andam insinuando há um compromisso do corpo docente de cumprir os 100 dias letivos de ambos os semestres que foram prejudicados pelas greves", reforça o professor Flaubert.

Mesmo com a decisão de voltar às atividades, os servidores garantem que a luta continuará, agora concentrada na elaboração de um novo modelo de financiamento para a Universidade. "O atual modelo com definição através do governo está exaurido, está esgotando a capacidade de crescimento da UERN"

De acordo com o novo modelo de gestão do Governo do RN, professores, funcionários e alunos da UERN devem formar uma mesa constante de negociação para a evolução das condições de investimento, infraestrutura e salário da instituição. NOMINUTO.COM

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