A investigação sobre o metamidofós – substância proibida em boa parte do mundo e usada livremente em importantes lavouras brasileiras – foi minha primeira reportagem sobre um assunto espinhento e invisível: o mercado de agrotóxicos.
Estranhei, logo de início, a escassez de informações na internet sobre o produto que, desde 2007, matou 25 pessoas só no Paraná.
Durante as gravações para o programa, dois especialistas comentaram em off – sem querer gravar – o motivo da falta de notícias sobre os efeitos deste veneno no organismo humano.
“É político”, resumiu um deles.
O uso de agrotóxicos nas lavouras do nosso país movimentou, só ano passado, pouco mais de R$ 7 bilhões.
Estranhei, logo de início, a escassez de informações na internet sobre o produto que, desde 2007, matou 25 pessoas só no Paraná.
Durante as gravações para o programa, dois especialistas comentaram em off – sem querer gravar – o motivo da falta de notícias sobre os efeitos deste veneno no organismo humano.
“É político”, resumiu um deles.
O uso de agrotóxicos nas lavouras do nosso país movimentou, só ano passado, pouco mais de R$ 7 bilhões.
Ninguém no mundo usa mais agrotóxicos do que o Brasil: cerca de um bilhão de litros por ano.
O conflito de interesses, de fato, existe.
Muito por isso, o Cidades e Soluções desta semana demorou um pouco mais que o normal para ser produzido, gravado e pensado em seu formato final. Falar de saúde pública é importante e requer cuidado. Ouvimos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a fabricante Fersol, médicos e consumidores finais.
Procuramos jogar luz em um assunto que representa, segundo a médica Heloysa Pacheco – com dezoito anos de experiência em toxicologia – um “perigo silencioso”.
Por Rodrigo Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário