
A preocupação com uma alimentação saudável e sem produtos químicos é hoje uma das novas exigências mundiais. Isso faz com que a produção de alimentos orgânicos ocupem espaço cada vez maior no mercado, chegando a um crescimento anual de 20%. No País, o segmento está diretamente vinculado à agricultura familiar que, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), é responsável por 4,1 milhões de unidades produtivas e responde por 70% dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros, representando 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), trabalham na agricultura familiar cerca de 12 milhões de brasileiros.
O membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e responsável pela Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste, Walter Carvalho, explicou que foi inaugurada uma proposta recente sobre agroecologia que será divulgada a partir de dezembro. "A agroecologia e a produção orgânica assumiram uma importância grande", explica.
Para Walter, o modelo atual de agricultura muda o conceito geral do setor, isso porque a convencional traz graves problemas como a erosão, causada pelo desmatamento desenfreado, o uso intenso de água doce e, sobretudo, devido ao uso de substâncias químicas, como agrotóxicos e defensivos nocivos à saúde. "Tudo isso provoca a desertificação, principalmente nas regiões semiáridas", conta.
De acordo com o assessor da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN), Gilberto Silva, existe ainda poucas informações sobre a produção orgânica no Rio Grande do Norte. "Por conta disso consideramos que poucas coisas estão sendo desenvolvidas no Estado de concreto", explica.
Segundo ele, ainda existe muita dificuldade em financiar a agricultura orgânica por conta da dificuldade de conseguir o selo social e a certificação. "Por enquanto, o que vemos muito no mercado é o mel e as hortaliças, por isso precisamos de maiores incentivos, mais assistência técnica que abranja todo o Estado, claro com crédito específico", conta.
Segundo o gerente de Agronegócios do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE), Paulo Alvim, o mercado é totalmente demandante. "Há uma demanda muito maior que oferta atualmente, estimulando a produção de orgânicos em todo o país." Há 10 anos, segundo ele, o Sebrae começou um trabalho no segmento de orgânicos como forma de agregar valor aos produtos e abrir nichos de mercado na agricultura familiar. "Agora já não é mais um nicho, mas um segmento", diz.
As prefeituras municipais também sentem ausência de uma produção regular. O prefeito de Assú, Ivan Junior, explica que tem dificuldade de adquirir produtos da agricultura familiar, para cumprir uma norma que determina que 30% do orçamento para a merenda escolar devem ser de produtos locais. "Levando em consideração o quanto eu tenho de gastar em Assú, fico imaginando quanto prefeituras como Natal, Parnamirim e Mossoró não têm disponível para investir nesse segmento", disse Ivan.
Impulsionar esse setor é uma das intenções do governo federal, tanto que o Diário Oficial da União publicou no último dia 27 de outubro três portarias com normas para a produção de cogumelos, sementes e mudas orgânicas e certificação de unidades comercializadoras, transportadoras ou armazenadoras. As portarias estão em consulta pública pelo prazo de 30 dias e contribuem para o desenvolvimento da produção orgânica no País e para aumentar a confiança do consumidor.
Alvim acredita que um dos fatores que motiva o crescimento do mercado é o aumento do preço dos insumos químicos nos últimos anos. De acordo com o gerente, a produção orgânica começa a ser rentável a partir da segunda ou terceira safra do produto, invertendo a lógica com o produto não-orgânico. "Na primeira colheita, o custo é maior porque a terra precisa de um período de descanso e adaptação. Depois, o preço do orgânico passa a competir com o produto tradicional. Isso é muito vantajoso."
O membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e responsável pela Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste, Walter Carvalho, explicou que foi inaugurada uma proposta recente sobre agroecologia que será divulgada a partir de dezembro. "A agroecologia e a produção orgânica assumiram uma importância grande", explica.
Para Walter, o modelo atual de agricultura muda o conceito geral do setor, isso porque a convencional traz graves problemas como a erosão, causada pelo desmatamento desenfreado, o uso intenso de água doce e, sobretudo, devido ao uso de substâncias químicas, como agrotóxicos e defensivos nocivos à saúde. "Tudo isso provoca a desertificação, principalmente nas regiões semiáridas", conta.
De acordo com o assessor da diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN), Gilberto Silva, existe ainda poucas informações sobre a produção orgânica no Rio Grande do Norte. "Por conta disso consideramos que poucas coisas estão sendo desenvolvidas no Estado de concreto", explica.
Segundo ele, ainda existe muita dificuldade em financiar a agricultura orgânica por conta da dificuldade de conseguir o selo social e a certificação. "Por enquanto, o que vemos muito no mercado é o mel e as hortaliças, por isso precisamos de maiores incentivos, mais assistência técnica que abranja todo o Estado, claro com crédito específico", conta.
Segundo o gerente de Agronegócios do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE), Paulo Alvim, o mercado é totalmente demandante. "Há uma demanda muito maior que oferta atualmente, estimulando a produção de orgânicos em todo o país." Há 10 anos, segundo ele, o Sebrae começou um trabalho no segmento de orgânicos como forma de agregar valor aos produtos e abrir nichos de mercado na agricultura familiar. "Agora já não é mais um nicho, mas um segmento", diz.
As prefeituras municipais também sentem ausência de uma produção regular. O prefeito de Assú, Ivan Junior, explica que tem dificuldade de adquirir produtos da agricultura familiar, para cumprir uma norma que determina que 30% do orçamento para a merenda escolar devem ser de produtos locais. "Levando em consideração o quanto eu tenho de gastar em Assú, fico imaginando quanto prefeituras como Natal, Parnamirim e Mossoró não têm disponível para investir nesse segmento", disse Ivan.
Impulsionar esse setor é uma das intenções do governo federal, tanto que o Diário Oficial da União publicou no último dia 27 de outubro três portarias com normas para a produção de cogumelos, sementes e mudas orgânicas e certificação de unidades comercializadoras, transportadoras ou armazenadoras. As portarias estão em consulta pública pelo prazo de 30 dias e contribuem para o desenvolvimento da produção orgânica no País e para aumentar a confiança do consumidor.
Alvim acredita que um dos fatores que motiva o crescimento do mercado é o aumento do preço dos insumos químicos nos últimos anos. De acordo com o gerente, a produção orgânica começa a ser rentável a partir da segunda ou terceira safra do produto, invertendo a lógica com o produto não-orgânico. "Na primeira colheita, o custo é maior porque a terra precisa de um período de descanso e adaptação. Depois, o preço do orgânico passa a competir com o produto tradicional. Isso é muito vantajoso."
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