domingo, 14 de novembro de 2010

50 ANOS DE UM MITO

O piloto brasileiro Ayrton Senna deixou as pistas e entrou para a história da Fórmula 1 e do esporte internacional. No ano em que completaria 50 anos de idade, é lançado o documentário que conta parte de sua trajetória vencedora
Era junho de 1984, um domingo no Grande Prêmio de Mônaco. Enquanto caía uma chuva torrencial, um dos melhores grupos de pilotos da história das corridas automobilísticas se alinhava na pista. Nada menos que seis atuais ou futuros campeões mundiais competiam naquele dia, incluindo o detentor do título Keke Rosberg; um impassível e destemido inglês chamado Nigel Mansell; o bicampeão mundial austríaco Niki Lauda; o confiante bicampeão mundial Nelson Piquet; e o homem chamado de ‘O Professor’, o francês Alain Prost. Enquanto isso, na 13a posição do grid, atraindo pouco interesse em seu nada conceituado Toleman, estava um impetuoso jovem piloto em apenas sua sexta corrida de Fórmula 1.

Quando os motores deram partida, o homem que começou em 13º disparou na pista, alcançando Prost na 32ª volta. Esse homem era Ayrton Senna, anunciando sua chegada ao mundo da F1 com uma corrida espetacular. Senna, porém, não venceu a prova. Ele perdeu apenas por uma questão técnica. Mas o brasileiro não ficou amargurado, aquele ainda era seu primeiro pódio. Ele frequentemente venceria nas pistas, mas seria derrotado fora delas, lutando contra o que considerava injustiças em um esporte altamente politizado. Ainda assim, superou obstáculos em seu caminho, ganhou três campeonatos. Para a imprensa internacional, Senna mostrou-se um campeão encantador e arrojado; à sua mídia nativa brasileira, ele era um homem humilde e profundamente religioso.

No auge de suas forças, no entanto, enquanto corria no Circuito de Ímola em San Marino, veio o desastre. Era a terceira prova da temporada de 1994 e, durante o treino classificatório, Rubens Barrichello, um aprendiz de Senna, bateu e se feriu. Um dia depois, o piloto austríaco Roland Ratzenberger atingiu um muro a 320km/h, morrendo instantaneamente. Senna ficou abalado e parou para pensar se deveria continuar correndo. Seu grande amigo e médico da F1 professor Sid Watkins aconselhou-o a não correr no domingo. Mas o orgulho, senso de responsabilidade com sua equipe e o esporte e sua necessidade de subjugar o medo levaram Senna a ir adiante.

No domingo da corrida, Senna pilotou por apenas duas voltas depois que o safety car saiu da pista, antes de bater na curva de alta velocidade Tamburello, seu carro indo de encontro a um muro de concreto a mais de 200km/h. Em 1994, quando Senna bateu, seu carro atingiu a parede em tal ângulo que parte da suspensão voou e perfurou seu capacete, causando fraturas cranianas fatais. Os médicos encontraram uma bandeira austríaca no carro do piloto: ele planejara homenagear Ratzenberger ao terminar a corrida.

A notável história de Senna, sua busca por perfeição e o status de mito que ele alcançou são os temas de SENNA, um documentário que abrange os anos da lenda do automobilismo como piloto de F1, lançado no ano em que faria 50 anos. (texto editado com base em material do: www.senna50.com).

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Castelo, peço que adicione o meu endereço neste conceituado Blog.
Meu endereço é:http://anaelpescador.zip.net/
Certo do pronto atendimento, agradeço!
Anael Pescador