sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ESTUDO REGISTRA CINCO ESPÉCIES DE AVES PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL

Tese de doutorado mapeia 655 espécies de aves no Acre e realiza novos levantamentos em regiões que ainda não haviam sido visitadas por ornitólogos.

Agência Museu Goeldi – “Um dos maiores desafios deste século é evitar a extinção de milhares de espécies de organismos, que hoje se encontram ameaçados pela crescente expansão das atividades humanas no planeta”, afirma o biólogo Edson Guilherme da Silva que, trabalhando tema da biodiversidade, defendeu a tese de doutorado intitulada “Avifauna do Estado do Acre: Composição, Distribuição Geográfica e Conservação”.

Estudos realizados nas florestas tropicais têm mostrado que elas abrigam mais da metade das espécies de plantas e animais do planeta. Além desta enorme biodiversidade, essas florestas também ajudam a manter a estabilidade climática do planeta. A Amazônia é a maior, a mais diversa, das florestas tropicais do planeta. Ela cobre mais de seis milhões de quilômetros quadrados em nove países do norte da América do Sul. Segundo o autor da tese, a região abriga pelo menos 40.000 espécies de plantas, 427 de mamíferos, 1294 de aves, 378 de répteis, 427 de anfíbios e mais de 3000 espécies de peixes, que representam cerca de 10% da biodiversidade mundial.

A pesquisa de Edson Guilherme, que é professor do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Universidade Federal do Acre (UFAC), preenche a lacuna de dados sobre a diversidade avifaunística acreana. “A minha tese tenta sintetizar e descrever da forma mais acurada possível a diversidade e a distribuição de um grupo animal específico, as aves, ao longo do estado”, resume. A tese de doutorado defendida em junho de 2009, teve orientação do prof. Dr. José Maria Cardoso da Silva, no âmbito do Programa de Pós-Graduação de Zoologia, mantido pelo Museu Goeldi e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

Quantas e quais são as espécies de aves do estado do Acre; como essas espécies estão distribuídas dentro do estado; e qual o seu estado de conservação foram as principais questões levantadas pela pesquisa.

“Ao final dos trabalhos, 655 espécies foram confirmadas para o Acre [distribuídas em 73 famílias e 23 ordens], sendo que cinco destas foram registradas pela primeira vez em território brasileiro. São elas: flamingo-da-puna (Phoenicoparrus jamesi), o pica-pau-anão (Picumnus subtilis), o arapaçu-de-tschudi (Xiphorhynchus chunchotambo), o flautim-rufo (Cnipodectes superrufus) e o caneleiro (Pachyramphus xanthogenys).”, conta o autor.

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